segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Holografia poética










Afinal, para que serve a poesia?
É sempre a pergunta a surgir 
Do meio da mente vazia,
Ao não conseguir perceber 
Que poesia de verdade Vem do Ser . . .

E traz de volta a magia
Alterando a mundana holografia
Da realidade do dia-a-dia
Invadindo a arena da circunstância
Em busca da sutil substância.

Poesia é o fato
E o retrato,
O trato e o destrato,
A mão e a ferramenta
É testar a vida até onde a Alma aguenta. . .

É a sina dos que percebem,
Sem querer,
Que não existe uma verdade a estabelecer
Pois é sempre diferente em cada ser . . .

Valendo o que por dentro evidencia,
Pois aquilo em que hesitas
É o que nela renuncia
Sendo o que a própria vida já prenuncia,
Que o Caminho é sem volta
E a tudo denuncia.

Então só resta usar a poesia,
Com prudência e picardia,
Pois ela deve ter sentido e alegria,
Atingindo quem a reconhece com maestria,
Deixando a vida mais leve,
No palco do dia-a-dia . . .

SRB - 21/12/2013