quarta-feira, 28 de abril de 2010

Morena


Morena

Em um dia de tempestade
Busquei o teu olhar
E em serena profundidade
Tentei encontrar
A fagulha pequena
Do brilho celeste
Que é a marca primeira
Que nos reveste
A forma ilusória
Que em nós existe.
Achei a mulher guerreira
Charmosa e faceira
Da boca molhada
Da vontade aguçada
Que causa tonteira.
A menina rebelde
Cheia de planos
Que nos atalhos e
Nos enganos
Procura acertar
No caminho a seguir
Na vida porvir
O novo itinerário
Ao refúgio necessário
No agora originário
Que a faz prosseguir.
E no momento passante,
Não deixe passar
A verdade do instante
daquela vontade “gonstante”
que nos faz acreditar
que o Amor é chama pequena
mas que faz valer a pena
ter te conhecido,
Morena.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Paradoxos Atuais

                                           Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores..

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e
relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
'delete'.