Enquanto observo o vazio
que o tempo revela
Vêm-me à memória
os sentimentos em sua
infinita aquarela,
trabalhar o interno matiz,
ajustando o tom do Ser
necessariamente àquilo que se diz . . .
Para que a mesma possa refletir a cor,
que por dentro tinge
a emoção que à Alma ainda cinge,
enquanto perde-se no prisma da vida
que a dor sempre cisma em colorir.
Para perceber que a realidade
que falseia a existência,
é fruto da teimosia e da mera inconsciência,
na ilusão da tênue e provisória bonança
não mais esperando,
nem mesmo a esperança,
pois para isso bastar-me-ia
ter a fé de uma criança.
Mas o caminho
que a dura lição ensina,
é o mesmo que irá guiar-te
acima da própria sina,
para persistir na busca
daquilo que ao fim te aproxima,
da essência que o Alto sempre assina . . .
Para que mesmo a morte
que aos outros calcina,
a ti não mais ela reprima,
a infinita busca de si . . .
SRB - 22/11/2017
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