É o saber inconsciente
outrora apreendido
que se perdeu na memória,
depois de compreendido
mas que não foi olvidado pelo espírito,
ainda que arrefecido.
A vaga lembrança
que à mente emoldura,
mas que jaz nos anais
que o tempo ainda costura,
para que a Alma liberte-se
da invisível escravatura . . .
De viver sob o limite
que não conhece candura
deixando de frutificar a paz,
em meio à levedura,
que fermenta dentro de nós
inibindo a evolução
e sua excelsa abertura.
Para uma vida mais ampla
e de nobre envergadura,
para alcançar novas paragens,
enxergando menos miragens
que deixam a existência ainda mais dura.
E nas reminiscências que a vida aborda
é preciso segurar firme na divina corda
que o emaranhar dos fios despontam
nas tramas que a consciência dita,
enquanto vives em plena desdita
para que não mais a estória se repita.
E assim finalmente
possas exercer a verdadeira liberdade,
que intrinsecamente habita,
o mundo que constantemente edita
a história que trazes dentro de ti . . .
SRB - 18/06/2017
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