Não depende de lugar
ou de alguma instância,
apenas da diferença
em qualquer circunstância
quando não percebemos
no outro a equidistância . . .
A mesma que não exige
perfeição sem a devida ressonância
no eco que grita à distância.
A mesma que separa
as dimensões e as discrepâncias
que igualam as diferenças,
nas tênues crenças
nas ilusórias recompensas
que julgamos fazer por merecer,
por ignorar que o crer
é diferente em cada ser . . .
SRB - 31/01/2017
São as derivações que a vida agrega
na fluidez em que nos rega
a fugaz realidade,
em que a ilusão se desagrega
do cenário em que
o agora nos liberta
na inequívoca consciência do existir . . .
Na sutíl diferença
em que os fatos insistem
contrariando os sentidos
que apenas subsistem
na interdependência
em que as situações coexistem
na ignara teia em que as dimensões
nos envolvem.
São as subjacências
que por vezes nos testam
revelando os pretéritos
que por vezes nos restam
no saldo que as nossas atitudes
ainda nos creditam.
Traduzindo as distorções
que por vezes se revelam
diante dos olhares
que já não enxergam
as inúteis arestas
que sempre nos rasgam
sem no entanto nos atingir . . .
SRB - 31/01/2017
Na roda viva em que a vida existe
é preciso sempre estar atento
àquilo que subsiste
e que por fim te leva além.
Do vai e vem das circunstâncias
dos acontecimentos de todas as instâncias
para que a existência não fique aquém . . .
Daquilo que o Alto de ti espera
seja nessa ou qualquer outra esfera
na busca interna que a tudo supera
não importando a aparência ou a situação,
nem mesmo o mero e incerto senão
que ao espírito por vezes atinge
sem no entanto alcançar a essência
que à tua alma cinge.
Não acreditando no que o mundo
hipocritamente prega,
mas que nitidamente não faz,
mudando a todo momento a regra
de forma cínica e loquaz
na falácia em que busca impor
sua vilania e seu deletério torpor.
Tentando em vão
tua alma envolver
na mediocridade em que tenta
iludir o próprio ser,
mas que inutilmente
sempre vem a fenecer.
Desfaça-se enfim, da karmicidade
na temporalidade em que plasma a existência
na vibrante e eterna consciência,
nos atos em que já podes crer . . .
SRB - 17/01/2017
Nas estradas por onde a vida passa
preciso é que prestemos atenção . . .
Aos sinais e indícios
aos rastros e vestígios
que marcam a jornada
em uma direção,
por vezes equivocada,
fazendo com que o caminho se repita
tentando enxergar a desdita,
na lição a aprender
no próprio dia-a-dia do conviver . . .
A vida como o caminho
é para quem acreditar,
mesmo sem enxergar,
indo em frente no vagar
da sincronia livre
e dissonante,
que nos mede palmo a palmo
a cada instante,
para criar o círculo equidistante,
Onde rodamos até entender
que mais importante que a aparência da forma,
é a quintessência do Ser.
E na claudicância evolutiva
em que litigamos,
perceba mais uma vez a cadência,
pois no compassado ritmo subjaz
a verdadeira essência,
que ao alcançar a consciência
a fará despertar . . .
Não imortando a aparência,
a hora ou o lugar.
Pois só no agora
onde o real persiste
é que de fato a vida
de verdade existe,
sustentando a existência
que por vezes, apenas subsiste
na incólume teia das circunstâncias
para que paassemosde uma vez
para uma outra instância . . .
E na trigonometria
dos fatos e das versões,
perdemos o momento presente
devido aos inúteis senões,
esquecendo que a vida
é o que fazemos e sentimos
em nossos corações. . .
E na replicação do que importa e
que o alto engendra de repente,
mantenha sempre a alma na vertente
da sintonia interior em que és agente . . .
SRB - 10/01/2017