A fluência não aceita a dependência
e muito menos a decadência
existente na carência,
de buscar no outro a suficiência
para sua própria independência.
Ela infere sempre
o necessário existir, suficiente,
o viver de forma imanente,
da troca em tempo presente
em posição de igualdade,
seja qual for a realidade
em que o existir acontecer.
Pois passar a vida dependendo,
é um modo de viver,
assaz horrendo,
que diminui qualquer ser . . .
O fluir que a vida enseja
é para que alcances
a dimensão em que o amor sobeja,
sem que para isso, você esteja
a precisar de um querer.
Pois amor de verdade
não depende da realidade,
de sentimento ou de idade . . .
Pois não está naquilo que almejamos,
e sim ao que no fundo, nos entregamos
dando o melhor de nós,
onde quer que estejamos
com o melhor do nosso ser . . .
Para que um dia, quiçá, consigamos
sermos melhores do que aparentamos
fluindo de verdade, na vida que ensejamos,
permitindo ao outro, florescer.
SRB - 18/04/2016