sábado, 11 de abril de 2015

Sem sentido








Sem Sentido

As vezes perco o sentido,
E em outras, a razão,
Sem saber o porquê
Ou mesmo a direção
Transformando a vida 
em abstração,
aquarela opaca
que muito mal retrata
a senda evolucionária
foco da existência ordinária
rumo à evolução.

Que não se apóia em corrimão
nem entra na contramão,
atrás do atalho ilusório
na repetição do repertório
que na verdade nos retarda,
retornando à mesma jarda
outrora percorrida
mostrando que o caminho
se faz com a vida,
só avançando com a lição aprendida
muitas vezes arrependida,
não olvidada pela regra Divina
de cumprir a própria sina.

24/02/2010   SRB


quinta-feira, 9 de abril de 2015

KARMA





KARMA 

São as situações a que nos prendemos
Até que possamos cumprir,
A função que o Alto nos designa,
Para então poder prosseguir.

Sem deixar para trás
Uma vez mais
Os nós que a vida desfaz,
Mas que em algum momento
Caiu no esquecimento
Da ingênua Alma fugaz.

Para então vivermos de novo,
Como se fosse algo novo
Na infinita trilha do Espírito
Ainda em busca de aprovo.

Mas só terá validade
A velha lição repetida,
Se na prova a ser aferida
De fato houver sido promovida
A necessária evolução prometida
Na circunstância a ser apreendida
No Karma em dissolução.

E é preciso ir além
Na meta a que se atém
Como mostra de aceitação,
Pois não adianta passar por tudo
Apenas por obrigação,
Fazendo girar uma vez mais a roda
Para repetir novamente a missão.

E o segredo que vem do céu,
E que descobre o renitente véu,
É o Ego que tenta se impor
Permanecendo sempre ao léu,
Que o que vale é a vontade Divina
Que acaba de vez com a sina
Absolvendo o teimoso réu.

SRB - 23/10/2011


Plásticidade ou Aparências








Plasticidade ou Aparências

É a vidinha daqueles que seguem à risca,
Os modismos e convenções
Sem questionamentos ou invenções,
Sem rebeldias ou senões
Seguindo o caminho fácil
E sem contradições
Concordando com tudo e todos,
Apenas cumprindo obrigações.

É a vida da emoção simulada
Risonha, plástica e acomodada
Que nada altera de verdade
Pensando que a plasticidade
O moverá rumo à Eternidade.

É a Alma morna e sem graça,
Daquele que nunca se engraça
a sair da zona de conforto,
Já parecendo meio morto
Em meio à vida de mentira aonde vive absorto.

Esquecendo que a vida se reinventa
mesmo para aquele que não se aguenta,
Vivendo a mesmice tirana,
Fantasia daquele que não profana,
para poder duvidar,
da miragem insana
que uma vida vazia proclama,
como se a aparência que a todos engana
pudesse se eternizar.

Nesta podre sociedade
que reduz à Alma a metade
Fazendo da vida de verdade
Uma mera plasticidade
à qual se deve obrigar.


SRB - 21/10/2011

Ausência







Ausência

Por querer escrever uma história diferente,
paga-se um alto preço
diante de toda gente.
A ousadia de tentar ir além
para não permitir à Alma ficar aquém,
da vontade Divina
que a tudo determina
com precisão e justiça,
mantendo sempre a premissa
que a vida que vale à pena e
não permanece omissa
e mesmo que submissa
à vontade do Altíssimo
não foge à consciência
da própria responsabilidade
de ser na realidade
aquilo que muitos pregam
mas poucos fazem de verdade
que é viver o momento presente,
com corpo, Alma e mente
mantendo-se sempre consciente,
de que só o "agora"
é o Eterno presente.
E que a vida só vale à pena
se não estiveres ausente.


SRB - 21/11/2008