Religare Café É a agenda e o registro das atividades artísticas e culturais promovidas na Cabana da Arara, estalagem e sede do Projeto Estação Ambiental Charles Darwin, que mantém alojamentos com foco na hospedagem de ecoturistas, estudantes, pesquisadores, professores, ciclo-turistas, observadores de pássaros entre outros visitantes da Serra da Tiririca e do Parque Estadual da Serra da Tiririca. #poetadaalma
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Viva o povo brasileiro . . .
Eta
povinho porrêta
Estes tais
miscigenados
Que tanta
mistura ganhou
Ao longo
de tantos reinados.
Saindo da
escravidão rumo à democrácia,
combinando
de forma original
e única tantas virtudes,
e única tantas virtudes,
Fruto das
negritudes
Que compõe
sua matriz
Feita de
tantos povos
Que nem se
entende o que se diz
Mas
mantendo sempre a identidade
que compõe o seu matiz.
que compõe o seu matiz.
País de
epiderme "parda"
E etnias
mis,
Tem negro,
branco e Índio
Mulato,
cafuso e mameluco
E o povo
acaba maluco
Tentando
entender
Essa tal
trama da história
que acabou fazendo estória,
que acabou fazendo estória,
deste povo
sem memória.
E por ser
um povo contente
Trouxeram
de fora
Ainda mais
gente
Para
compor esta bela nação,
De
Italiano a Chinês,
De Alemão
à Japonês
Tem Judeu,
Árabe e Paquistanês . . .
Mas é um
povo que faz milagre
E não se
vê na televisão,
pois é a gente do dia-a-dia,
pois é a gente do dia-a-dia,
Que vive à
mingua,
De bolsa
vazia,
Mas não
reclama em vão da missão
Pois com
fome
Tudo é
fantasia.
É
sertanejo ou Gaucho,
Ribeirinho
ou caiçara
Indio ou
quilombola
Caleidoscópio
de raças
Resultado
de todas as massas.
SRB -
29/10/2011
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Retroagir
É o retorno ao ponto de origem
É não mais saber
Qual cor, enfim, ainda te tinge . . .
É permanecer fiel a si mesmo
Enquanto a vida apenas finge.
É o atalho que ao fim nos atrasa
É a vida sendo vivida, da forma mais rasa
É não acreditar que a verdadeira energia,
Em ti transborda e vaza.
É o recuo ao tempo de outra era
É viver a vida, sem se importar com a época
Percebendo o agora naquilo em que te toca
Criando o intervalo onde a vida para.
È ter a tradição dentro de si
Sem perder a direção, em vão, por aí . . .
È viver sempre entorpecido pela magia
E poder sentir muito além, daquilo que contagia.
É encontrar a si mesmo, logo ali, bem adiante
E perceber-se outra vez, mais uma vez,
ainda mais radiante,
Sem aquele brilho que ofusca,
Pois não é afinal o que, de verdade, se busca,
Mas tentando manter sempre, a aura limpa e e a Alma robusta . . .
É ter de encontrar o próprio destino,
Sem sair por aí, em pleno desatino
Tentando em vão ouvir a sublime melodia,
Aquela mesma que
sempre se irradia
Não importa a hora ou mesmo o dia,
Se te encontras apto a ouvir.
Mas que só ouvem os
que percebem o porvir,
E que se fazem surdos ao mundano mundo
Por que a ouvem sempre dentro de si . . .
SRB – 24/02/2015
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