No banzo que por si só acomete
Perceba que a infinda estória se repete
Surdindo em meio à existência,
No desalinho do qual se esquivas
E mesmo sem querer,
Assim mal sobrevivas.
Garantindo a resistência
Para surgir novamente
Sem o antigo embaço,
Retomando o ritmo
Dentro do compasso,
Para ver se assim, um dia,
Aprendo e enfim ultrapasso
A ilusão da forma, do tempo e do espaço.
Para entender que a arte de existir
É se permitir fluir
É conseguir passar incólume
Pelas arestas da vida,
E persistir,
Não perdendo mais tempo
Com aquela velha ferida,
Insígnia da experiência
Há muito esquecida,
Que sempre volta novamente
Para enfim, ser remida.
Tentando despertar de vez a Alma
Antes adormecida,
Que conseguiu assim perceber
Que essa é a essência
Que a permeia,
Decidindo assim o que a norteia
E que é preciso viver . . .
SRB – 13/01/2014