São os muitos sons que a realidade soa
despertando aquele que está surdo
levando uma vida à toa
na dissonante ilusão
que esta dimensão entoa
cutucando o espírito
que imaginava estar numa boa.
Como um diapasão que dentro de nós ressoa,
tocando a escala interna
dos acordes da pessoa
para atingir no âmago, a essência,
para ver se assim,
a alma finalmente voa . . .
Na diferença entre o real e o imaginário,
pode-se ter a ideia da orquestração do teu colorário,
para evoluirdes no seu dia-a-dia, reles e ordinário
ampliando assim a escala do teu ideário.
Observando se enfim ouves a divina melodia,
que a todo momento toca
a infinita música que aos ouvidos choca,
repetindo o refrão que a vida dedilhou
para ver se você se toca.
E quando finalmente perceberdes
o sobretom da ária celeste
afinando as notas do instrumento
em que investes,
acompanharás o excelso ritmo
de leste a oeste.
Então não mais te deterás
na ilusória dissonância,
miragem sutil da real discrepância
para testar seus ouvidos
e sua interna confiança
no invisível maestro,
que a ti acompanha
desde a sua imberbe infância . . .
SRB - 28/05/2017
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