A vida passa como um filme
a que repetidamente assisto
porque de alguma forma
erroneamente ainda insisto
em crer na ilusão que à alma cerceia
quando sem perceber, caio na antiga teia,
teimando em manter a improfícua direção.
Buscando atalhos inúteis
mantendo os valores ainda fúteis,
que dificultam a ascenção
na trilha tão desejada,
intuitivamente almejada
pois é ela a própria evolução.
É a vida verdadeira
que surge dos ciclos das existências
para quebrar as internas resistências
findando assim a regressão.
Respira fundo e segue adiante
perseguindo incansavelmente
essa luz radiante
que a todos observa a cada instante
não importando a situação.
Ela é a vida que em todos habita
aguardando apenas que a ela permita
mostrar a saída do ilusório impasse
realizando assim a divina catarse
abandonando de vez o cotidiano disfarse
que dispersa sempre a luz
na hora de manifestar-se.
SRB - 23/02/2016