sábado, 26 de setembro de 2015

Interstício








É a fenda entre as dimensões
Onde observamos, enfim, as ilusões
Que ainda nos envolvem com seus senões,
Abrindo mais uma vez os portões
Para que o próximo degrau apareça
Corrigindo a direção, para que se conheça,
Um novo trajeto, não importa mais, afinal
O que aconteça.

É o momento de pausa,
entre os pensamentos,
E na vida, em seus acontecimentos,
Como que pairando no vácuo,
Além deste plano, improfícuo,
Onde o tempo pára,
Pois a vida é sim uma coisa rara
E existe sem você . . .

Enquanto aguardas os indícios
Que de sua nova Ordem surgirão,
Pois que são os exercícios
Para que continues a subir,
Buscando instintivamente o próprio porvir,
Fazendo disso um motivo para rir,
Fazendo desta a sua opção
Estando nesta ou em outra dimensão . . . 


Aproveita, então, a fresta . . .
E faz a verdadeira festa
Aproveitando o intervalo.
Deixando o que precisa ir
Descer pelo ralo
Pois só assim podes fluir.

E agora leve, segue adiante,
Ainda que para isso, releve,
As idiossincrasias dos idiotas,
Com seus conceitos e notas
Com suas histórias remotas
De sua inconsciência latente.

Pela fresta fende a Luz
Que sempre em nós reluz,
Se já estamos aptos a refletir,
Para que a Luz, também em nós,
Possa, enfim, surgir  . . .

Fazendo disso o próprio existir,
Para poder assim incutir
Na própria existência,
Nossa contribuição e deferência,
Demonstrando na atitude
O alcance da própria consciência.
Participando e contribuindo,
para o rumo que o céu está abrindo . . .


SRB – 26/09/2015

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