domingo, 3 de maio de 2015

FIM







FIM ou Mais próximo que a respiração

Quando não há mais caminhos
Depois de todos os desvios,
Só te sobraram os fúteis espinhos
Que ao espírito perfura
Clamando atenção.

São os descaminhos
Que às trajetórias traçaram
E por isso não disfarçaram,
Aqueles que à própria evolução negaram,
Em busca da contraditória salvação.

É o nada que avistas no horizonte
Por insistires em não levantares
A bendita fronte, para que enxergues a luz,
Que só pode vir da divina fonte
A única que garante a necessária iluminação.

É a sensação de derrota e perda
De quem se esqueceu
Dom próprio paraquedas
No salto que a vida te convida
Enquanto te quedas.


É não perceber a oportunidade oferecida
Tantas vezes desperdiçada e esquecida
Descumprindo o roteiro que o alto te oferece
Em plena decaída.

Até poderes perceber
Que o fim é mera ilusão,
Pois ele simplesmente não existe,
Apesar da tua ignorância, que ainda insiste,
Em querer terminar
Ao invés de simplesmente navegar
No mar da própria Alma,
Aproveitando toda e qualquer ressalva,
Que o alto a ti estende
Enquanto a ti mesmo não te salva.

Aproveita então o agora
Do eterno e perene presente,
Para perceber que não eres o que sente,
Mas sim aquilo que a tudo subjaz,
Pois a vida é mesmo assim, fugaz.

Um mero alento
Um breve momento
Que no aqui, sempre jaz,
No eterno instante
O seu único momento
E o mais brilhante.

Então aprende de uma vez
Que o fim de verdade
É sempre começo
Não mais importando
O repetitivo tropeço
Que ainda claudicas em cometer,
Pois o que importa de verdade
É a essência e não o ser
Que tu manisfesta,
Perdendo assim o melhor da festa.

Essa que acontece
Enquanto achas que a vida não presta,
Por deixares passar o momento
Em que poderias transmutar o tormento
E afastar a escuridão
Bastando que para isso prestasses atenção,
Pois o momento está sempre
Mais próximo que a respiração.


SRB – 03/05/2015

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