Afinal, para que serve a poesia?
É sempre a pergunta a surgir
Do meio da mente vazia,
Ao não conseguir perceber
Que poesia de verdade Vem do Ser . . .
E traz de volta a magia
Alterando a mundana holografia
Da realidade do dia-a-dia
Invadindo a arena da circunstância
Em busca da sutil substância.
Poesia é o fato
E o retrato,
O trato e o destrato,
A mão e a ferramenta
É testar a vida até onde a Alma aguenta. . .
É a sina dos que percebem,
Sem querer,
Que não existe uma verdade a estabelecer
Pois é sempre diferente em cada ser . . .
Valendo o que por dentro evidencia,
Pois aquilo em que hesitas
É o que nela renuncia
Sendo o que a própria vida já prenuncia,
Que o Caminho é sem volta
E a tudo denuncia.
Então só resta usar a poesia,
Com prudência e picardia,
Pois ela deve ter sentido e alegria,
Atingindo quem a reconhece com maestria,
Deixando a vida mais leve,
No palco do dia-a-dia . . .
SRB - 21/12/2013
SRB - 21/12/2013
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