quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Atropelamento Divino

 

Quando Deus te atropela,
em geral te destrói
não deixando pedra sobre pedra
e sobre novo pilar te constrói
fazendo nova a senda
para que se aprenda,
que a vida é ilusão,
se não tem intenção
se não coloca o coração
se não abranda a razão
deixando a Alma vazia,
em busca da apostasia
querendo ser feliz
sem ligar pra companhia
esquecendo que felicidade
é Quimera que contagia
abolindo o egoísmo
fruto da hipocrisia
que esquece que o pensar
no outro
é a garantia.
Pois só chega à felicidade
aquele que não ansia
abrindo mão da vontade
que é pura fantasia.
13/02/2009

Amar é estar vulnerável - Enviado por Malú Paes Leme


Amar a todos é estar vulnerável.
Ame qualquer coisa e seu coração irá certamente ser espremido e possivelmente ser quebrado.
Se você quer ter a certeza de mantê-lo intacto, você deve dar o seu coração para ninguém, nem mesmo a um animal.
Envolva-o cuidadosamente com hobbies e redondos pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, trancá-la segura no caixão ou caixão do seu egoísmo.
Mas nesse caixão - cofre, escuro, imóvel, sem ar - vai mudar.
Não vai ser quebrado, mas vai se tornar inquebrável, impenetrável, irredimível.
A alternativa para a tragédia, ou pelo menos ao risco de tragédia, é condenação.
O único lugar fora do céu onde você pode ser perfeitamente seguro contra todos os perigos e perturbações do amor é o inferno. ~ C. S. Lewis

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ourobóros



Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. É um símbolo para a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo rabo um ao outro.. É possível que o símbolo matemático de infinito tenha tido sua origem a partir desta imagem.
Segundo o “Dictionnaire des symboles” [1] o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, eterno retorno.
Noutra interpretação, menos maniqueísta, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num outro nível de existência, simbolizado pelo círculo.
Para alguns autores, a imagem da serpente mordendo a cauda, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda da existência. A roda da existência é um símbolo solar, na maior parte das tradições. Ao contrário do círculo, a roda tem certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência, do perecível.
O ouroboros costuma ser representado pelo círculo. O que parece indicar, além do perpétuo retorno, a espiral da evolução, a dança sagrada de morte e reconstrução.
(Fonte Wikipédia)

Anatomia do Filósofo


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A experiência do Ser e o dualismo - Karlfried Graf Dürckheim - O Zen e nós


Quem ainda não conhece
o sentido mais profundo da verdade
Se exaure em ruminações inúteis.
Aquieta o teu pensamento.
Tudo se resume nisto!
Não te apegues
ao pensamento dos contrários.
Abstém-te de persegui-lo e de procurá-lo!
Quem guarda um mero
vestígio dos opostos
Sujeita o espírito à perturbação!


(Fragmento do Shin Jin Mei [ O Selo da Fé], atribuído ao 3º Patriarca, Sosan)

Calvin


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Parar - (texto anônimo)



Parar
Parar, não paro
esquecer
esquecer, não esqueço
se caráter custa caro
pago o preço.
Pago, embora seja raro
pois o homem
não tem avesso
e o peso da pedra
eu comparo
à força do arremesso.
Um rio
só se for claro,
correr sim, mas sem tropeço
e se tropeçar não paro
não paro e nem mereço.
E que ninguém me de amparo
nem me pergunte
se padeço,
se caráter custa caro
pago o preço.

Anônimo

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Por que sofremos ??? (texto anônimo encontrado nos guardados de uma Babalorixá)




O Universo é constituído na mais perfeita harmonia e perfeição.

Tudo é preparado para a nossa mais absoluta paz e felicidade.

Maravilhosas estradas foram feitas para serem percorridas e grandiosas florestas para serem contempladas.

Entretanto, se invertermos as coisas, caminhando pelas florestas e contemplarmos as estradas, então seremos infelizes.

São portanto as nossas ilusões as causas fundamentais de nossos padecimentos

A convicção de que somos da terra,

ignorando que estamos apenas de passagem por este planeta donde sairemos quando menos quizermos ou esperarmos.

A convicção de alguma coisa nos pertence,

ignorando que tudo pertence unicamente a Deus, que nos empresta e nos toma segundo a sua vontade.

A convicção de que somos os nossos perecíveis e transitórios corpos materiais,

ignorando que somos realmente almas imortais e intangíveis.

A convicção de que somos seres muito inteligentes e superiores,

ignorando que somos crianças espirituais nos primórdios de nossa evolução de nossa evolução do que provem naturalmente os nossos desconhecimentos e nossas fraquezas.

A convicção de que os seres e as coisas possam ser as causas do que existe e do que acontece,

ignorando que Deus, é o único criador e a única causa de tudo.

Caminhada do caminho de Darwin - 1º ECO BRASIL DE CICLOTURISMO




Estamos marcando a saída para a caminhada do ECO BRASIL DE CICLOTURISMO, às 9:00h na praça do Engenho do Mato, com chegada prevista às 10:00h na sede da fazenda, onde encontraremos o grupo de ciclistas para a continuidade da programação.
Levar água, frutas, bonés e repelentes para os mais sensíveis.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Calvin e Haroldo - Vida inteligente !


Calvin e Haroldo ! Tão olhando o que ?


ATRITOS - Roberto Crema






Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.

Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?

As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.
 
É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás,
vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas
extremamente importantes.

Pessoas que, no contato com elas,
me permitiram ir dando forma ao que sou,
eliminando arestas,
transformando-me em alguém melhor,
mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvidas,
com suas ações e palavras
me criaram novas arestas,
que precisaram ser desbastadas
Faz parte...
Reveses momentâneos
servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida
como grandes pedras,
cheia de excessos.
Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...
 
Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de Deus,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
 
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.
 
É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós
com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade,
a de amar...
Mas temos que aprender como.
 
Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar
 
Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.
 
Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esse sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...
 
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!

Não existe outra forma de descobrir o amor.
E sem ele a vida não tem significado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Flor do cafeeiro


Recebemos fotos atuais da Fazenda Camocim Organic...esse talvez seja um dos cenários mais bonitos do cafeeiro...A foto foi tirada ontem...Até a abelha voou para poder produzir o mel da flor do café!!!
http://cafedomoco.blogspot.com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A experiência ZEN - Karlfried Graf Dürckheim - O Zen e nós



"Quando uma pessoa tem uma experiência Zen, a vida torna-se VIDA.
A VIDA penetra na intimidade da vida humana, torna-se sua essência.
E dentro da essência dessa VIDA o homem vive sua vida corriqueira, a vida na carne (no "eu") e no tempo e espaço, mas ele a vive como um outro, de uma outra maneira, com outra finalidade.
" Ser totalmente comun é Zen, e dar-se importância não é Zen. Tua vida não deve se diferenciar da do teu vizinho, não importa quanto Zen possas ter. A única diferença deve repousar na tua vida interior ".
O homem cujo o olhar foi aberto continua a viver sua vida normal no tempo e no espaço, porém a atemporalidade jaz no tempo-espaço. Aquele que despertou para o ser vive como um eu superior, num eterno Agora, a partir  da essência intrínseca, estendido entre  passado e futuro. E por viver nesse eterno agora, o tempo e espaço se transformam.
O homem sofre como qualquer outro, mas de certa forma ele sofre como se não sofresse e, em meio a toda dor do mundo, a alegria radiante, procedente das profundezas, não o abandona mais.
Talvez o riso! Uma gargalhada incontrolável que faz explodir justamente o que ainda restou do que havia. Talvez na raiva, airromper espontânea, desprovida de eu. Cada gesto, tão evidente e livre como o vôo de um pássaro a elevar-se, a brincar. Cada ação é rápida e precisa:só o que é necessário, e nada mais! Buscar água quando há um incêndio, e nada mais! Comer quando se tem fome, e nada mais! Dormir quando se tem sono, e nada mais! Escrever quando se escreve, e nada mais! Tudo isso com uma presença plena, bem lúcida, sem a menor interferência de outro pensamento ou de outra ação. Nenhum apego, mas deixando a vida fluir, brotando do centro, tão livre e leve como umbater de asas, segura do rumo como umaflecha que acerta o alvo, ligeira como o passo de um dançarino; destruidora como um golpe de espada, precisa como o toque de cinzel de um mestre, libertadora como o vento da primavera, e sempre impregnada de amor. Nenhum apego, nenhum apego ao que quer que seja! Tranquila na sua profunda interioridade, mesmo no meio do tumulto. O frescor do orvalho a cada instante, profundo como o poço no qual se espelham as estrelas e que contém a eternidade. Pulsar junto com toda a dor do mundo, e o devotamento dem questionamento ao lugar onde se está. Sem poupar a si mesmo e, ao mesmo tempo, sendo implacável com os outros, dando testemunho do amor proveniente da Lei.
Em síntese:
A poderosa serenidade que nos é ensinada por uma espécie de morte, a alegre clareza ao perceber o sentido, e também inclui a falta de sentido, e a felicidade de se sentir amparado no meio de todo o abandono do mundo."

The Halucinogenic Toreador - Salvador Dali