É a penumbra que sobre a Alma desce
E que à aura por vezes arrefece
Reduzindo a Luz que por si trafega
Turvando a direção, forçando a entrega
Que o Alto aguarda para findar a refrega.
É a contrariedade
Que no íntimo admoesta,
Mostrando que ainda
Nem começou a aguardada festa,
Que fará brilhar a aurora
Mesmo que pela fresta.
Para que já não mais se encontre
Como um José enclausurado,
Quiçá, um Moisés desenganado,
Que segue em frente
Honrando com o reinado
D’Aquele que faz do mar um deserto,
E da grande certeza o incerto
E da fé um espelho
A refletir de perto
O que acreditas como certo.
E a rota duvidosa e arredia,
É a que nos faz olhar para o dia-a-dia
Para recobrar a firmeza,
A fé e a nobreza,
Que almejamos alcançar.
SRB – 31/07/2013