No intervalo que a vida sempre cria
no decorrer da existência
que esta encarnação recria,
é preciso perceber a ilusão
que surge da realidade fria . . .
Na disruptiva nuance em que a alma
erroneamente se fia,
acreditando nas miragens que pairam noite e dia,
para entender que o caminho verdadeiro é aquele
em que o coração confia.
Não mais se agarrando aos dioramas surgidos da distrofia,
regulando a visão com uma nova dioptria
para perceber então a verdade
além da materialidade que muda dia-a-dia . . .
Entendendo por fim
que apenas Deus, é quem de fato apropria,
o que enfim fará parte de sua geografia,
para que retomes o perene rumo
que a eternidade a ti confia.
SRB - 09/02/2020