É a linha do horizonte
onde todos encontram-se,
na confluência do tempo
na ilusão da forma existente.
No fugaz instante que tangencia
o desenrolar da tênue energia
que a todos interliga
mas só a alguns, contagia . . .
Na busca incessante da verdadeira presença
que a tudo perpassa, quer na tristeza
ou na instantânea alegria.
É a imagem e o reflexo
da intrínseca metafísica
a transmutar o agora
diante de olhares perplexos.
Para que enfim percebam
que o tempo,em si,
não existe,
pois é dentro de nós
que na alma ele insiste,
em marcar a existência
que apenas subsiste.
Aproveita o tempo e
trasnforma-o em alento,
o mesmo que introjetas
a todo momento,
sentindo sempre a vibração,
que do alto penetra
o espírito e o coração,
pois é aí que de fato reside
a centelha que em nós persiste.
Pois na curva do tempo
desfaz-se a ilusão
que a todo momento
tolda a ingênua visão
não percebendo em vão,
que é no agora
que a vida acontece
enquanto a mente, mente,
e apenas esquece . . .
SRB - 05/12/2016