É o intervalo devido e necessário
Que alimenta o teu próprio ideário
Completando o divino colorário
Em que crias o seu simples viver diário . . .
Na busca incessante
De um futuro fulgurante
Que vives de forma flagrante
Enquanto assistes logo mais adiante,
Ao que transforma o seu semblante,
Na medida em que vives de verdade cada instante.
Buscando a direção do brilho que queima
Da luz que incessantemente teima
Sempre fazer por merecer
Para poder de súbito poder perceber
Que ela está no próprio ser.
Aproveitando o intervalo
Ultrapassando de vez o estreito gargalo
Saindo, enfim, do reles e ordinário ralo
Que a intermissão exigiu que vencesse
Para que assim definitivamente aprendesse
E o alto no devido momento por ti intercedesse.
Ensinando a lição que ao âmago transforma
Para que abandonasse por fim a velha forma
Mantendo sempre a própria essência como norma
No seu factual existir . . .
SRB - 30/10/2016