Exílio II
Olhando o mar
Vêm-me as lembranças
Como ondas que à praia chegam
Ressoando seu murmúrio contínuo
Não se vê onde começam
Nem se diria que terminam na areia
Que as devolvem
Fazendo a teia
Que constitui o oceano
De desenganos
Na vida da gente
É como o exílio de si mesmo
Que apenas começou
Deixando o ser à deriva
Na dúvida esquiva
Que à alma burla
Cegando o espírito
Na carceragem das circunstâncias
A prisão inexistente
É a que tolhe mais a gente
Suprimindo a vida que corre
Sem se dar conta da existência
Enquanto estás exilado
Como mero desenganado
Nas terras da consciência
SRB - 27 / 12 / 94
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