É a crisálida em que a vida se fecha
para que enxergues a excelsa brecha
não adiantando nada resistir
enquanto o momento faz apecha.
O caminho que para dentro te leva
é o único que de fato te eleva
não havendo meios nem rodeios
nem como ou porque desistir
O período de interna dormência
do despertar da própria consciência
no decorrer do seu devir
É o tempo de solidão
para enfrentar a própria escuridão,
para só então, poder fluir.
Em direção ao horizonte mais amplo
tomando o Alto como exemplo,
habitando de vez o teu prórpio templo
para ampliar o seu porvir.
Não mais ausente de si mesmo
percebendo sempre o eterno agora,
vivendo a vida sem a mínima demora
e não mais no vazio a esmo.
E na ilusão que o isolamento cria
ao ludibriar a razão como uma companhia
ou uma mera punição simples e fria,
é antes a proteção àquele que apenas
no Altíssimo crê e confia.
Que pisa na inexistente estrada
no palco do dia-a-dia
que leva a vida de leve
e sem pedir nenhuma garantia.
Acreditando com toda a Alma
na imutável lei que rege a energia
não temendo mais a súbita mudança
que a todos em algum momento alcança
como uma simples lembrança, mais dia, menos dia.
Pois não vive mais com o medo
sendo esse o seu simples segredo,
não reduzindo e existência
a um mero e tosco arremedo
daquilo que já foi um dia . . .
Encara então o teu casulo
com sua real acepção,
é ele antes de tudo
a sua própria proteção,
que o Alto a si concede
enquanto a ti ele precede
aplainando o caminho
que mais à frente te recebe.
Pois a luz que ora te persegue
é a ferramenta daquele que já consegue
suportar a verdadeira realidade
a vida em sua intensidade
que vívida, apenas segue.
SRB - 06/05/2016
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