Não é ir embora de um lugar
ou estação,
é abrir mão, enfim,
de estar na contramão
é entender finalmente
qual a certa direção.
Que te leve adiante
apliando o horizonte
onde a luz, sempre brilha,
radiante . . .
em seu espargir
contínuo e distante,
mas que nos mantém
focado no instante.
Despedir-se de verdade
é esquecer de estar presente,
de nunca ficar contente
vivendo a esmo,
estando ausente
não só de si mesmo,
mas também do ambiente . . .
Desperdir-se mesmo
é acordar no meio do drama,
é recuperar a vida em meio à trama
é não mais se perder em si mesmo
aprendendo a aprender com o panorama.
Este mesmo que à vida sujeita,
não mais permitindo a quem a rejeita
existir simplesmente,
sem fazer a justa colheita
das consequências das próprias escolhas
como seu fosse a vida um livro
repleto de folhas,
onde não raro, rabiscamos as páginas
na inútil inconsciência do existir
que anota, sempre,
toda e qualquer nota
onde insistimos em rasurar a vida . . .
SRB - 07/01/2016
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