É aquele que vive à toa
E trabalha
Batalha e dá duro
Vive a vida
E aproveita a reserva do tanque
Para mais um gás ser feito
Talvez no carro do perfeito
Que trabalha o dia inteiro
Como obreiro em construção.
E depois sai por aí
Vagando e viajando pelo mundo afora
Sem sinal
E sem demora
Fazendo um avião à jato
Que ao primeiro contato resolve
E o garotão cai no mundo
Agora sem rumo
Que o poder
Do fumo
Lhe tirou
E por alguns momentos
A sua memória falha e
Esquece da navalha
No bolso do casacão
Que outrora
Uma vez
Escondeu o flagrante
Do camburão
E continua a viagem
No meio desta paisagem
Agora, onde tudo brilha
E é brilho
Puro e só
E assim leva a vida,
Lacrada e vivida
Aberta apenas
para os que a entendem
Sem mais nem por quê,
Apenas a compreendem
À espera que inventem
Uma razão de viver
SRB - SDD - 1981
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