Poetas são loucos profetas
Arlequins do espírito
Irreverentes ascetas
Hereges tropistas
Em suas trovas funestas
Procurando explicações
Para suas dúvidas
Quase sempre as mais bestas.
São nômades entre as dimensões
Que transformam os versos
Em verdadeiros corrimões
Por onde trafega a vida
Em uma torrente empedernida,
Que dá voz ao coração
Em suas frases com emoção
Massacrando a sensibilidade
Sem mesmo pedir perdão.
Habitam sempre
A perigosa fronteira
E não possuindo eira
Por desafiar as certezas
Andam sempre pela beira
Dispensando as torpezas
Dos hipócritas e suas asneiras
Que não enxergam a poesia
E sua razão verdadeira.
Brincam com a realidade
Inventando razões
Não fugindo à verdade
E seus perigosos senões
Preferindo serem eles mesmos
Ainda que aos borbotões
Brincando com a Alma
Que habita em seus corações.
SRB – 09/03/2014
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