Escapando ao cerco
De minha própria loucura,
Transformo sempre que posso
A vida em uma aventura
Não permitindo à porta
Depender do buraco da fechadura.
E que possamos enxergar sempre
Além de nossa estatura
Sem, porém, tirar os pés
Da realidade fértil da terra dura
Mantendo sempre o Agora presente
Não importando a desventura
Tentando transmutar sempre
O amargor em branda candura.
Eis a lição a apreender
Para a cabeça que é dura,
A descobrir no meio do Todo, o Vazio
Que perdura,
Encontrando no meio do Nada,
O Tudo, que faz da vida uma ventura
Para que não se perca
A sincronia com a energia que procura
Fazendo da alegria
No seu quadro, a moldura
Daquilo que pintas em tua tela,
Sem vergonha ou lisura.
Inventando a vida sempre,
Sem se importar com a postura,
Mostrando que ao fim
O que importa
É manter a Alma pura !!!
SRB – 08/02/2013